28 março 2007

no meio de tanta gente


"Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro o amor em teu olhar
É uma pedra
Ou um grito
Que nasce em qualquer lugar

Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal aquilo que sou
Sou um grito
Ou sou uma pedra
De um lugar onde não estou

Às vezes sou também
O tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar


Às vezes sou também
Um sim alegre
Ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de
ilusão

Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro as palavras por dizer
É uma pedra
Ou um grito
De um amor por acontecer

Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal p'ra onde vou
E esta pedra
E este grito
São a história d'aquilo que sou"


Maria Guinot, Silêncio e tanta gente - youtube

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

um exemplo perfeito de uma artista completa, que sucessivamente foi sendo engolida pelos pimbas do nosso país sem que ninguem tenha feito nada para impedir.É por estas e por outras que quase me sinto feliz por nunca ter enveredado por uma carreira unica e centrada na Musica.Tive essa experiencia durante sete anos, logo que adquiri a carteira profissional e verifiquei logo que para se ter sucesso neste país (salvo as excepções dos excepcionais como Amalia...), tinhamos logo de nos vendermos...
Abraço
Valeria Mendez do blog
fadista-valeria-mendez.weblog.com.pt

3/4/07 12:53  
Anonymous Anónimo said...

Devemos amar incondicionalmente. Mas o amor, apesar de doloroso e solitário, é um expoente crescente e criativo. Reivindicativo.
Às vezes queremos ver as pessoas e não conseguimos porque elas estão mesmo à nossa frente. Porque não as reivindicamos. Porque se as reivindicássemos... traría-nos mais sentido à nossa existência.
O amor é difícil de se entender. Mas podemos aprender um pouco mais. E o isolamento não é opção.

4/4/07 00:01  
Blogger david santos said...

Olá!
Venho felicitar-te pelo teu trabalho e desejar-te uma Páscoa igual à de toda a humanidade: feliz.

7/4/07 17:10  
Anonymous Anónimo said...

No meio de uma multidão ensurdecedora,por vezes sentimos o som do silêncio a latejar...

Bjs Zita

9/4/07 18:53  
Blogger Taberneiro said...

Ah granda vizinha. Que mulher moderna...ela tem um blog..ahahaha...tens consciência que vou escrever aqui muita coisa sem jeito nenhum, certo? desde a 1ª classe que aturo esta personagem, mas como diz o outro: "...o que não nos mata, torna-nos mais fortes..." beijo do 2ºdto.

10/4/07 16:18  
Blogger Isabel said...

Lembro-me bem da Maria Ginot, que tive a sorte de conhecer pessoalmente.
Era uma mulher linda e maravilhosa cantava com a alma poemas também eles cheios de alma.

Este em especial lembro-me na altura, era eu adolescente, que me tocou muito.
Era assim que me sentia, só no meio de tanta gente.
E foi assim só no meio tanta gente que me fui descobrindo e continuo esta permanente descoberta que é a descoberta de nós mesmos.

Saudades deixou Maria Guinot.
Fica a memória e os poemas.

Helena Ponce

23/4/07 10:42  
Anonymous Anónimo said...

Poema bonito, inquietante, o "grito" faz lembrar-me alguem
;-))

Um beijo, de alguem que pode não estar presenta mas tb não está ausente...

25/5/07 22:45  

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