20 julho 2006

"But we'll never gonna survive, unless we get a litle on crazy"

Devia dar mais atenção ao que a Lena escreve "o Amor Absoluto não depende nem do tempo nem do espaço. porque o amor não depende. o amor É ou não é", que ela já é crescida e deve saber mais que eu. Então se não reduziu o amor absoluto ao amor-apaixonado, e se se puder estender ao amor universal, aquele em que cabe todos os tipos de amor, acertou em cheio.
A liberdade é uma treta! Querer ser fácil e viver com as coisas fáceis só por um bocadinho, para nos evadirmos e nos descançarmos, e temos logo uns quantos adjectivos de ambivalência para ouvir. É a eterna prepotência das pessoas a manifestar-se. Sempre aquela necessidade de nos entenderem no nosso mais intímo a cada momento. As pessoas estabelecem-se entre si em partes, e não vejo ser possível conseguirmos chegar a todas essas pessoas nesses cada momento. E se as relações se estabelecem em partes, isso traz inevitavelmente um tempo em partes.
São chatas, as pessoas!

Há por aqui nesta caixa de posts um rasculho, que nunca me deixa esquecer por muito tempo o quanto eu gostaria de ser só escorpião. Deve ser este sagitário que por vezes quer subir e não sabe bem onde se instalar.
Um dia achar a tabacaria algo aborrecido, e noutro vigiá-la e querer discuti-la. Vou mesmo discuti-la, um dia. Analisá-la e po-la a nu, na minha vida, na vida de outrém e na vida universal. Só assim poderá deixar de causar aquele mal ocasional. E pode ser que nesse dia a comunicação seja amiga e as almas se transformem em espelho.
Há sempre um dia em que tudo retorna. Estamos sempre a passar pelos mesmos sítios, com mais ou menos bagagem. E se agora estou á volta precisamente do mesmo que tratava o rascunho, é porque ficou cá na cabeça pronto a ser despertado.

Nós a sós, e o espanto.
Há um caminho que fazemos sozinhos até ao fim da vida, o cá dentro de nós que se vai enchendo de coisas e pessoas e lugares e momentos e pensamentos e experiencia e construção. E pensam os outros, que são prolongamentos de nós. A paciência de impedir tal convicção é nula, porque as palavras ás vezes também cansam.
Esta incapacidade de me saber dar a possuir, e a necessidade que os outros têm que isso aconteça. Quase quedam quando confrontam a minha liberdade. Nada de extraordinário nem metafisico, no mais simples. Sabemos lá nós o que fica connosco, e ainda não acredito que isto seja egoismo. Tanto que já ficou, que nem me apercebi que estava a entrar, e tanto que já passou e estava construido.
E as pessoas de natureza-base-comum com a minha, que quase sempre me cansam. A falta de uma nancial de possibilidades de modo de estar, que nunca altera Como somos.

Se um dia cair nesse abismo de me precisar prolongar alem-mim para ter o proprio pensamento e saber descodificar sentimentos , deixarei de saber ser.
Anda tudo numa onda meia á deriva, á procura do Amor maior á força, sem saberem realmente quem são. Que susto, a rapidez tonta com que oscilam.

É preciso haver em quem acreditamos. Que não nos estranha nos diferentes estados. A imperfeição que é dita, e que por isso tende para o estado de Verdade. E nada perturba onde coexiste verdade. É também preciso aqueles relacionares simples, sem a necessidade de um permanente estado de atenção.


queria tanto estar a dormir

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Albert Einstein ensinou-nos que o tempo e o espaço são uma e só a mesma coisa, e que tudo é relativo... e acima de tudo mostrou-nos que o universo não só é tão estranho como nós podemos imaginar, como na verdade ele é mais estranho do que o que podemos imaginar, as coisas são como são, mas os olhos que as veem alteram a sua própria essência, é a questão do Gato de Schröedinger, é preciso observar para saber a resposta mas ao observar destroi-se o estado inicial do gato, por isso enquanto não se observar tudo é possivel e o gato está vivo e morto em simultâneo.
A vida, a verdade, a liberdade, o amor, a amizade... são o que são, mas depois o Homem, como Ser racional que é, Pensa e por isso Existe, e tambem por isso procura criar o seu próprio mundo e a forma como pensa que ele deve ser, pode ser chato, é verdade, mas é isso que faz avançar as coisas, é o sonho a transforma-se em realidade, é o acreditar, é o olhar para as coisas e descobri-las a cada momento, tal como faz uma criança, que na verdade mais não é do que uma parte do Universo a tomar consciencia da sua própria existência, é a Obra a nascer. Tudo o que fazemos neste Universo, mais não é do que uma parte do Universo a construir-se a si próprio, a evoluir, a caminhar para o amorfo de fotões a que um dia vai chegar.
Independentemente do nosso caminho, o resultado final vai ser o mesmo, por isso é melhor é pensar no presente, com os olhos postos no futuro, é verdade, mas viver o presente, pois apenas esse está garantido, e apenas esse é na realidade vivido , pois tudo o resto existe apenas no abstrato do espaço-tempo que constitui algumas das dimensões do Universo, algumas das dimenões nós possivelmente não somos feitos de forma a algum dia as conseguir entender, por muitas teorias das cordas e membranas que se inventem, outras dimensões nós teimamos em guarda-las na memória, mas o que realmente importa é que fazemos parte do universo, somos feitos da mesma matéria, acredito que fomos feitos para ser felizes, por isso, amem, chorem, sonhem, acreditem, gritem, riam, que o nosso carreiro é curto, e o melhor a fazer é apreciar a paisagem, cheirar as flores e no final do carreiro passar o testemunho da melhor forma e deixar o legado que seguirá o seu próprio carreiro...
Quem disse que a vida é fácil?
Quem disse que o amor é facil?
Quem disse que a amizade é facil?
Quem disser isto é porque não vive verdadeiramente, não ama verdadeiramente, não é um amigo verdadeiro.
As coisas são dificeis porque têm valor, e nós damo-lhes valor porque são dificeis...
Viva a Vida, viva o Amor, viva a Amizade... viva o Universo.
É realmente um lugar estranho este... parece locura, mas não é. E a vida vai realmente sobreviver, porque o Universo, de uma forma ou de outra é relativamente eterno. ;-)

20/7/06 23:27  

Enviar um comentário

<< Home