11 dezembro 2006

A verdade do poeta

"É de sonho que se tece
A verdade do poeta
E a poesia acontece
Quando o poeta se esquece
De acordar na hora certa

Com o corpo adormecido
E a alma bem desperta
A vida faz mais sentido
E murmura ao ouvido
Do sonho a palavra certa

E depois é só trocar
Por palavras sentimentos
E as emoções, enganar
E fazê-las confessar
Os verdadeiros intentos

Sonhar é fazer sorrir
A lágrima mais dolorosa
E os pesadelos, despir
Para depois os vestir
De mil sonhos cor-de-rosa

É fazer o sol brilhar
Na noite mais tenebrosa
Pôr a tristeza a cantar
E devolver ao olhar
Aquela luz preciosa

É roubar ao pôr-do-sol
Um raio de luz derradeiro
E fazer dele um farol
Que ilumine o mundo inteiro"
João Mendonça / Dulce Pontes


Para ti "amigo" das noites, dos seus sons, afectos e conversas.
"O tributo à eterna recordação... à lembrança do que somos, à essencia que nos torna". Palavras de um desses figurado na palavra "amigo", que vêm sempre a tempo, dentro do tempo, sempre que estou prestes a ir e ele agarra.
Que bom seria esta verdade tresnudada, capaz de encher toda uma pessoa, sem espaço para mais nada
Quem dera nunca perder a inocência de o sentir com essa gente, gente das palavras.
Acreditar é preciso!